15 anos do assassinato de
Dorothy Stang
Missionárias companheiras de Dorothy
propõem educação e união como forma de resistência às ameaças de morte sofridas
por ativistas e lideranças que defendem a Amazônia e os direitos dos povos da
floresta
Foto: Clarinha
Glock
Ane Dwyer e Katia Webster: A gente tem que aprender
a defender uns aos outros, tomar cuidados, mas não deixar de lutar. Todo mundo
em Anapu está em perigo
No próximo dia 12 de
fevereiro de 2020, completam-se 15 anos do assassinato da missionária
norte-americana Dorothy Stang, 73 anos, em uma estrada de Anapu, Pará, com seis
tiros, a mando de fazendeiros. Dorothy ajudou a implantar o Projeto de
Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança, um modelo alternativo ao sistema
de exploração do agronegócio. Desde sua morte, uma vez por mês acontece na
cidade uma reunião do Comitê em Defesa de Anapu (CDA).
As irmãs Jane Dwyer
e Katia Webster, companheiras de Dorothy Stang, estiveram no encontro Amazônia Centro do Mundo, realizado na Universidade Federal do Pará, em
Altamira, em novembro passado. Na ocasião, foram entrevistadas pelo jornal Extra Classe. Irmã Katia acompanhou a conversa e fez uma
pequena intervenção ao final. As duas afirmaram a importância da educação como
forma de resistência. Contatada novamente em fevereiro de 2020, por telefone,
irmã Jane comentou que teme pelas ameaças aos defensores de direitos humanos,
como Erasmo Teófilo. E adiantou as propostas que serão levadas por
trabalhadores de Anapu ao Congresso da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em
julho deste ano, em Marabá (PA).
No próximo dia 12 de
fevereiro, romarias e homenagens vão lembrar o crime contra Dorothy Stang e as
ameaças contra defensores da preservação da Amazônia e dos direitos dos povos
da floresta.
Por Clarinha Glock / Publicado em 7 de fevereiro de
2020
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