Homenagem às irmãs Mirabal
Dia 25 de novembro
Este fato deu origem ao filme “No Tempo das borboletas” (“In the Time of the Butterflies” / “En el tiempo de las mariposas”), do diretor Mariano Barroso, onde é contada como foi a luta das irmãs Mirabal.
Esta campanha está inserida na “Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, que já está completando 21 anos, e é uma jornada de luta que vêm ganhando corpo a cada ano no Brasil, começando no dia 20 de novembro, que é o Dia da Consciência Negra e se encerrando em 10 de dezembro, que é o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Sabemos que o enfrentamento da violência contra as mulheres é um trabalho dificil, razão pela qual se faz necessário que nos aprofundemos nos debates, pois, apesar de sabermos que ela existe e está bem próxima, o silêncio a acoberta, a camufla, a esconde. Por isto temos que nos organizarmos para nos empoderarmos de novas formas de combatê-la.
Nos últimos 30 anos foram assassinadas no Brasil mais de 92 mil mulheres, sendo que de 2.000 à 2.010 foram 43.700, ou seja, em 10 anos foram assassinadas quase o mesmo tanto que nos 20 anos anteriores.
O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, aumentando em 230% o número de mulheres vítimas de assassinato no país.
Quando analisamos as taxas de homicídios vemos que a média nos Estados é de 4,4 homicídios a cada 100 mil mulheres, porém, nas capitais a média é de 5,1. E, neste ponto algumas capitais extrapolaram atingindo mais de 10 homicídios a cada 100 mil mulheres, são elas Vitória no Espírito Santo, João Pessoa na Paraíba, Maceió em Alagoas e Curitiba no Paraná.
O Brasil ocupa a sétima posição no contexto dos 84 países do mundo com dados homogêneos da OMS compreendidos entre 2006 e 2010.
Temos que potencializar nossos esforços na implantação de políticas públicas em atenção às mulheres.
Estas políticas públicas devem tratar:
- da igualdade - incidindo sobre as desigualdades sociais em todos os âmbitos;
- do respeito à diversidade - combatendo todas as formas de discriminação com medidas efetivas para tratar as desigualdades em suas especificidades;
- da equidade - tratar desigualmente os desiguais, buscando-se a justiça social. Requer pleno reconhecimento das necessidades próprias dos diferentes grupos de mulheres;
- da autonomia das mulheres - como princípio gerador das políticas e ações do poder público e que são propostas para a sociedade;
- da laicidade do Estado;
- da universalidade - que exige justiça e transparência das políticas e serviços ofertados pelo governo;
- da participação ativa das mulheres no diagnóstico da realidade social, na formulação das políticas, bem como na sua implementação e controle social;
- da justiça social – implica no reconhecimento da necessidade de redistribuição dos recursos e riquezas produzidas pela sociedade e na busca de superação da desigualdade social, que atinge as mulheres de maneira significativa “a feminilização da pobreza”.
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