quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Dia Internacional da não-Violência contra a Mulher - 25 de novembro -

 
25 de novembro
Dia Internacional da não-Violência contra a Mulher
 

No dia 25 de novembro foi lançada a CAMPANHA MUNDIAL DE COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES e se estenderá até o dia 10 de dezembro, "Dia Internacional dos Direitos Humanos".
A data de 25 de novembro de 1960 ficou conhecida mundialmente por conta do maior ato de violência cometida contra mulheres.
As irmãs Dominicanas Pátria, Minerva, e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que lutavam por soluções para problemas sociais de seu país foram perseguidas, diversas vezes presas até serem brutalmente assassinadas.

         A partir daí, 25 de novembro passa a ser uma data de grande importância, principalmente para aquelas que sofrem ou já sofreram violência.
Violência ocorre nos espaços públicos e privados e não é só agressão física é também psicológica e moral. Agressões verbais reduzem a autoestima e fazem as mulheres se sentirem desprezíveis.  Causam danos à saúde: geram estresse e enfermidades crônicas. A violência interfere na vida, no exercício da cidadania das mulheres e no desenvolvimento da sociedade em sua diversidade.
          25 de novembro como o “Dia da Não Violência Contra a Mulher”, foi decidido por organizações de mulheres de todo o mundo reunidas em Bogotá, na Colômbia, em 1981 em homenagem as irmãs, que responderam com sua dignidade à violência, não somente contra a mulher, mas contra todo um povo. A partir daí, esta data passou a ser conhecida como o “Dia Latino Americano da Não Violência Contra a Mulher”.
Em 1999, a Assembléia Geral da ONU proclama essa data como o ”Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher” a fim de estimular que governos e sociedade civil organizada nacionais e internacionais realizem eventos anuais como necessidade de extinguir com a violência que destrói a vida de mulheres considerado um dos grandes desafios na área dos direitos humanos.
 
A violência contra a mulher passa a ser um problema mundial que não distingue cor, classe social nem raça: é maléfica, absurda e injustificável!! Essa Campanha tem como objetivos revelar a dimensão do feminicídio e denunciar o aumento do número de casos de mortes de mulheres por razões de gênero.
Chamar a atenção sobre índices e ausência de registros confiáveis; estimular a informação sobre o feminicídio e atuar contra a impunidade.
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

21 de setembro dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes

 
 
O Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes foi instituído pelo movimento social em Encontro Nacional, em 1982, com todas as entidades nacionais. Foi escolhido o dia 21 de setembro pela proximidade com a primavera e o dia da árvore numa representação do nascimento das reivindicações de cidadania e participação plena em igualdade de condições. A data foi oficializada através da Lei Federal nº 11.133, de 14 de julho de 2005.

Esta data é comemorada e lembrada todos os anos desde então em todos os estados; serve de momento para refletir e buscar novos caminhos e como forma de divulgar as lutas por inclusão social.
 
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sábado, 17 de maio de 2014

“Não perguntes por quem os sinos dobram...” 18 de Maio


 


      

“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”

 
 
Araceli (Vitória, 2de julho de 1964 - 18 de maio de 1973)
 
 

 


domingo, 23 de março de 2014

NÃO DÁ PARA SILENCIAR


A Marcha da Família, que hoje faz 50 anos, antecipou golpe. “É um dia triste para memória dos católicos”, diz estudioso



                                       50 ANOS DA LUTA CONTRA A AMNÉSIA

Precisamos fazer hoje um grande exorcismo nacional. Hoje é um dia muito triste para a memória dos católicos e cristãos paulistanos, pois há cinquenta anos foram todos manipulados pelo governo e grupos da ultradireita reacionária e herética, por líderes da TFP.
Em 19 de março de 1964 ocorria a famigerada e tresloucada Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Não queria nenhuma defesa de todas as famílias brasileiras. Só de uma minoria delas. Trouxe em seu bojo como serpente vinda de um ovo podre uma ditadura que iria destruir a pequena liberdade que se estava conquistando pela soberania nacional.
Foram 21 anos de trevas. Uma série de manifestações públicas organizadas por setores conservadores em resposta ao comício realizado no Rio de Janeiro em 13 de março de 1964, durante o qual o presidente João Goulart anunciou seu programa de reformas de base. Congregou meio milhão de pessoas em repúdio a Goulart e ao regime comunista vigente em outros países.
 
Em São Paulo, a 19 de março, no dia de São José, padroeiro da família, a marcha foi articulada pelo deputado Antônio Sílvio da Cunha Bueno, juntamente com o padre irlandês Patrick Peyton, nascido no Condado de Mayo, Irlanda, em 9 de janeiro de 1909, fundador do Movimento da Cruzada do Rosário pela Família e ex-capelão estadunidense. Teve o apoio do governador Ademar de Barros, que se fez representar no trabalho de convocação por sua mulher, Leonor Mendes de Barros, e foi organizada pela União Cívica Feminina e pela Campanha da Mulher pela Democracia, patrocinadas pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, o IPES (financiado pelos norte-americanos.
 
 
A “comissão de frente” era formada por Leonor de Barros, Conceição da Costa Neves e Dulce Salles, entre outras. Houve alguns padres avulsos, e muitas, mas muitas mesmo, mulheres simples com os seus terços na mão, rezando e tentando espantar o medo do comunismo.
 
Destaque para as falas do deputado federal Plínio Salgado, fundador da Ação Integralista Brasileira, partido de extrema-direita, e do sacerdote Monsenhor Calazans, contra o presidente. Salgado e outros oradores incitaram ao golpe.
Aconteceria depois outra marcha, no Rio de Janeiro, com um milhão de pessoas, no dia 2 de abril, quando o golpe já estava consolidado, para comemorar a vitória dos golpistas. Ambas tiveram o apoio do cardeal Jaime de Barros Câmara, da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Em São Paulo, naquele momento, o arcebispo era o cardeal Carlos Vasconcelos Motta, que permaneceu no cargo até sua transferência em 18 de abril de 1964, aos 73 anos, para ser o primeiro arcebispo de Aparecida.
A Igreja Católica no Brasil, salvo exceções, apoiou explicitamente o golpe antidemocrático, com suporte religioso e ideológico. A conversão viria anos depois pela profecia de dom Helder Câmara, dom Pedro Casaldáliga e, na década de 70, pela vigorosa postura de dom Paulo Evaristo Arns.
Em depoimento, dom Benedito de Ulhoa Vieira, hoje emérito de Uberaba, afirmou que não foi um movimento apoiado pela Igreja de São Paulo. Disse: “A marcha de um milhão de pessoas, naquele tempo, era uma coisa respeitável. Foi promovida por movimentos católicos, mas não partiu do governo do bispado, que era o cardeal Motta. Ele não faria isso. O cardeal sempre teve uma posição assim, muito reservada, a respeito da revolução um pouco antes. Eu acho que isso é histórico, e eu sou testemunha, eu morava com ele, um pouco antes quando se falava em revolução e tal, falaram a ele. Disse uma frase que é antológica: Deus, eu cito textualmente, Deus nos livre das revoluções. Sabemos como elas começam, mas nunca sabemos como acabam. Essa frase é do cardeal Motta, que sempre teve uma posição muito reservada da revolução de 64. Nunca fez propaganda contra, mas, na intimidade, tinha uma reserva muito grande dessa derrubada do Poder Constitucional (…) Nenhum padre do clero de São Paulo tinha ido a essa marcha, sem ele proibir coisa nenhuma. O próprio Calazans que ali foi e esteve, e não negava isso, não era do clero de São Paulo, mas do Clero de Taubaté, e só depois passou para o clero de São Paulo, aliás, uma aquisição muito rica (…) Ter o Calazans como membro do clero de São Paulo, um homem de grande valor intelectual e moral”.
 
Por Fernando Altemeyer Junior